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https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/11771| Tipo: | Tese |
| Título: | Descartes e a morte de Deus |
| Autor(es): | Bitencourt, Joceval Andrade |
| Primeiro Orientador: | Nascimento, Carlos Arthur Ribeiro do |
| Resumo: | O presente trabalho buscou mostrar as possibilidades e os limites da metafísica cartesiana, tendo como alvo principal, mas não único, investigar se é possível creditar à filosofia de Descartes a postura através da qual se inaugura na cultura ocidental a "morte de Deus". O resultado final, seja da ciência, seja da metafísica cartesiana, é a afirmação do homem como centro em torno do qual deve gravitar todo conhecimento, que tem na autonomia da razão natural sua causa originária. O cogito ao afirmar, através dos fundamentos do método inspirado nas leis da matemática, a primeira verdade, subordina todas as outras, quer sobre Deus, quer sobre o mundo, a essa primeira verdade. Descartes excluiu Deus de sua ciência; essa se processa à revelia de qualquer instância exterior à ordem da razão natural. Se há um Deus na metafísica cartesiana, não é possível identificá-lo com o Deus cristão: mistério transcendente, que se revela e se dá a conhecer ao homem que o acolhe na fé. O Deus da metafísica cartesiana é tão somente um princípio lógico, um fundamento racional, requerido pelas normas do método, ao qual encontra-se subordinado. Assim, o Deus que Descartes apresenta ao mundo, através de sua metafísica, já não é o Deus da religião; é, segundo a expressão de Pascal, o Deus dos sábios e dos filósofos. A morte de Deus se apresenta então como uma conseqüência direta da afirmação do homem, referência legitimadora de todo conhecimento verdadeiro, principalmente daquele que busca apresentar-se 7 como ciência. Deste modo, a morte de Deus estaria diretamente vinculada à filosofia de Descartes. Teria sido na metafísica cartesiana, em sua própria estruturação, que, mesmo não sendo essa a intenção explícita de Descartes, a morte de Deus teve lugar pela primeira vez na história do pensamento filosófico ocidental |
| Abstract: | The present work attempts to show the possibilities and limits of the cartesian metaphysics. It has as its main aim, but not the only one, to investigate the possibility of assining to the philosophy of Descartes the posture through which the death of God is inaugurated in western culture. The final result, either in science or in cartesian metaphysics, is the assertion of man as the centre around which all knowledge has to gravitate, knowledge that has in natural reason s authonomy its original cause. The cogito affirming, through the fundaments of the method inspired by mathematical laws, the first truth, subordinates all the other truthes, either about God or about the world, to this first one. Descartes has excluded God from his science. This last one proceeds, notwithstanding any instances external to natural reason s order. If there is a God in cartesian metaohysics, it is not possible to identify him to the Christian God, transcedent 8 mistery, who reveals himself to man, who receives him in faith. The cartesian methaphysics God is only a logical principle, a rational fundament, required by the rules of the method, to which he is subordinated. Thus, the God whom Descartes presents to the world through his metaphysics, is already not the God of religion; he is, according to Pascal s expression, the God of the wise and of the philosophers. The death of God appears, them, as a direct consequence of man s affirmation; legitimating reference of all true konowledge, mainly that which claims to present it self as science. It would be in cartesian metaphysics, in ist own structuration, even if this was not Descartes own explicit intention, that, for the first time, the death of God happened in western philosophical thought |
| Palavras-chave: | Descartes Deus Epistemologia Metaphysics God Epistemology Descartes, Rene -- 1596-1650 -- Critica e interpretacao Metafisica Deus |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
| Idioma: | por |
| País: | BR |
| Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
| Sigla da Instituição: | PUC-SP |
| metadata.dc.publisher.department: | Filosofia |
| metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia |
| Citação: | Bitencourt, Joceval Andrade. Descartes e a morte de Deus. 2008. 408 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2008. |
| Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11771 |
| Data do documento: | 14-Mai-2008 |
| Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
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