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https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/15036| Tipo: | Dissertação |
| Título: | A solidão e o conhecimento: uma coincidência? - reflexões críticas |
| Autor(es): | Atlas, Ione |
| Primeiro Orientador: | Neder, Mathilde |
| Resumo: | A hipótese básica deste trabalho sugere a solidão como um instrumento de conhecimento sobre o inconsciente, na relação analítica. O objetivo e refletir,criticamente,sobre a tarefa interpretativa do psicanalista, mostrando como a capacidade de suportar a solidão participa do processo de produção de conhecimento sobre o inconsciente, na relação. O caminho escolhido pela autora foi iniciar o trabalho com uma revisão geral sobre o conceito de solidão. Analisa - o psicologicamente, sob três diferentes aspectos: - a a solidão física, ou reclusão - a a solidão emocional, e a - a que denomina como solidão mental. Sobre a solidão física, refere duas pesquisas: uma norteamericana (Slater - 1977) e uma paulista (Mayrink - 1982), onde as causas e as consequências do processo de isolamento geográfico são discutidas. Sobre a solidão emocional, também referida como psicológica, e analisado o chamado "sentimento de solidão, que as pessoas podem sentir, mesmo acompanhadas. Klein (1963) ressalta a importância dos aspectos da fantasia, implícitos nessas vivências de solidão. Remonta as primeiras experiências emocionais do ego para explicar a formação dos meca nismos que determinam a sensação de solidão, mesmo quando existam ligações favoráveis, de afeto. Aulagnier (1979) e citada em seu trabalho sobre a constru ção dos processos de pensamento na criança. A autora salienta a importancia do pensamento secreto, da possibilita de de vivenciar uma área intima e indevassável, pela mãe, como um reduto de solidar, que se transforma numa condição para o desenvolvimento mental. Winnicott (1958) e referido em seu artigo sobre "a capacho dade de estar sé". Esta habilidade e tida como uma etapa sofisticada do desenvolvimento emocional, que pode ser,inclusive, apontada como matriz da transferência. Também in dica a capacidade de estar sé como algo oposto, lã do come ço da vida, participando decisivamente no desenvolvimento do ego, em contato com as primeiras frustrações. Sobre a solidão mental, a autora utiliza um aforisma de Nietzsche para elucidar suas ideias. Compara o trabalho mental do analista com o trabalho do filõsofo/ermitão, sugerido por Nietzsche, calcando as semelhanças nos seguintes aspectos: o compromisso com a busca de uma verdade inesgotável, a postura suspeitosa, a tendência a crença, e a valorização do movimento. esta postura critica, observadora, e dado o nome de solidão mental. A solidão mental - considerada como instrumento de conhecimento - , será investigada nos textos de autores sobre teoria da Tecnica Psicanalítica. Esta parte do trabalho pretende investigar em que medida o que se comentava como atitude básica do analista, legitima a hipótese que sugere a solidão mental do mesmo, como instrumento de conhecimento do inconsciente, na relação. Os textos referidos superem, especificamente, critérios nor teadores da conduta do analista baseando-se em Freud, sistematicamente. Meltzer (1967) fala da condição do analista, semelhante ã condição do atleta, Racker (1959) salienta a importancia da auto-observação na contratransferência, enquanto Menninger (1973) põe em duvida a neutralidade que, efetivamen te, um analista pode ter; Klein(1932) confirma os princípios da técnica aplicável ao adulto, no trabalho com crian ças, preservando essa postura básica, sugerida por Freud Todos ressaltam a capital importancia, entre outras, do trabalho que o analista deve ter, com as próprias emoções, para atuar concorde aos princípios da psicanalise. Por esta razão, serão citados alguns autores que versam reais especificamente sobre contratransferência. O objetivo e também investigar se estes textos, sobre teoria da técnica psicanalitica, permitem a manutenção da hipõtese central deste trabalho. Os autores citados são: Heimann (1950 e 1960), Gitelson (1952), Racker (1959) e outros. Na continuidade das reflexões, e focalizada uma sessao de psicoterapia ludica infantil, de orientação psicanalítica, onde a autora foi a terapeuta. Estas reflexões baseiam-se numa retomada dos conceitos freudianos referentes a conduta do analista. Cada conceito e estudado, fornecendo elementos para pensar a conexão entre a hipótese básica e o material clínico apresentado. Os conceitos estudados são: neutralidade, abstinência, atenção flutuante, auto-analise, interpretação e contratransferência. A autora enfatiza como a aplicação de cada uma dessas conceituações freudianas, requer a capacidade de estar sé, do analista. Nos comentários finais,e destacada a distinção entre a solidão e a capacidade de estar sé. Esta e salientada como habilidade a ser mais profundamente investigada, no futuro. São feitas algumas sugestões, nesse sentido, baseadas na proposta de que a capacidade de estar pode ser aprendida, e de que esta capacidade e mais necessária aos analistas, uma vez confirmada a hipótese que vê, na solidão, um instrumento de conhecimento do inconsciente |
| Palavras-chave: | Solidão Conhecimento |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
| Idioma: | por |
| País: | BR |
| Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
| Sigla da Instituição: | PUC-SP |
| metadata.dc.publisher.department: | Psicologia |
| metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica |
| Citação: | Atlas, Ione. A solidão e o conhecimento: uma coincidência? - reflexões críticas. 1985. 109 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1985. |
| Tipo de Acesso: | Acesso Restrito |
| URI: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/15036 |
| Data do documento: | 26-Nov-1985 |
| Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia: Psicologia Clínica |
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| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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